Quem nunca ouviu falar que “avó é mãe duas vezes”? E esta é uma das mais corretas – e justas – expressões populares. E a “mainha duas vezes” de Lívia tem outro papel especial: ser a cupida da neta, ou melhor, dos agora oficialmente netos.

Foi graças à dona Maria do Carmo que Lívia e Victor se conheceram. Foi na casa de voinha o primeiro encontro e, em um evento organizado por ela e com direito ao “empurrãozinho” dela, onde tudo começou entre eles. Após exatos cinco anos daquele Baile da Terceira Idade, eles disseram o tão sonhado sim um ao outro.

A história da vida de Lívia e Victor começou da forma e nos lugares mais inesperados, o caminho deles já começou cheio de incertezas e anseios devido a uma inimaginável pandemia, mas, como católicos que são, e como a própria Lívia disse: “o coração estava tranquilo e entregou tudo a Deus, pois, seria como Ele quisesse”, e foi.

O 28 de novembro de 2020 foi, aliás, do jeitinho sonhado por ela: na Igrejinha do Sítio Boa Esperança (cerimônia na igreja), com recepção no Sítio Boa Esperança, na praia e com os amigos todos (150 convidados), e, claro, com a porta alianças mais amada, a avó. Uma homenagem justíssima e merecidíssima, para quem os uniu.

Depoimento da noiva:

“Nós dois somos de Caruaru. Eu voltei a morar lá depois que terminei a faculdade e comecei a trabalhar. Então, toda sexta-feira à noite, eu ia visitar a minha avó. E foi na casa dela que conheci Victor, que era o fisioterapeuta de vovó. Segundo ela, Victor não teve trabalho nenhum para me conquistar, foi tudo mérito dela.

Vovó conta que Victor perguntava por mim, e ela dizia que eu não tinha o quê fazer, vivia sozinha, em plena sexta-feira à noite. Até que um belo dia, Victor disse estar reorganizando os horários dele e perguntou se poderia atendê-la na sexta à noite. Na hora ela aceitou e foi assim por meses e meses, encontrando com ele lá. Até que... chegou o final do ano.

A minha avó participa de um grupo de terceira idade, que, há mais de 20 anos, organiza um Baile da Terceira Idade no último sábado de novembro. E ele começou a chamar Victor para ir ao evento: ‘meu filho vai ser ótimo. Não tem muita coisa, todos idosos, mas, a minha neta vai’. E não é que ele foi? Em pleno 28 de novembro de 2015, exatos cinco anos antes do nosso casamento! Foi lá que tudo começou! E costumo brincar que nunca pensei que fosse “descolar” em uma festa para terceira idade, muito menos na casa da minha avó.

No evento foi bem estranho, pois, na mesa ficamos nós dois, toda a minha família, e vários idosos. No final, a minha avó disse a Victor que, por ser organizadora, precisaria finalizar a festa, pagar fornecedores, então, demoraria muito, e se ele não poderia me deixar em casa. Inclusive o meu tio perguntou se ele poderia ir conosco, mas, na hora vovó respondeu: ‘não, o carro dele só tem dois lugares na frente, então chamo um taxi pra você”. De lá fomos à outra festa e foi quando tudo começou.

A partir daquele momento fomos construindo o relacionamento aos poucos. E foi na véspera de Natal do ano passado que ele me pediu em casamento, no dia 23 de dezembro de 2019. Em outubro ele me levou para escolher as alianças, passei dois meses com as unhas prontas, esperando por elas. Estávamos com viagem marcada para o dia 25 de dezembro, achei que seria durante. Mas ele me enrolou. Um belo dia, eu com as unhas não feitas, Victor me levou à casa da minha avó, como se fosse um domingo normal, e na sala onde nos conhecemos, com ela do nosso lado, pediu autorização e a bênção dela para o casamento. Foi bem emocionante. Naquele momento Victor já disse que ela levaria as nossas alianças na cerimônia do casamento. Ela ficou bem emocionada, bem feliz.

Voltamos da viagem em janeiro, e sem fazer a menor ideia de por onde começar a organizar um casamento. Na verdade, conhecia Bruna, que me maquiou para a minha formatura e tinha certeza que ela faria a minha beleza no casamento. Conversando com ela, de imediato ela indicou as meninas da Criativas. Na mesma hora olhei o instagram e não sei por qual motivo exatamente, mandei mensagem para Dani, e começamos organizar tudo durante a “pré-pandemia”. Naquela época não se falava tanto em pandemia, e fomos organizando tudo. Ela me orientou em tudo, deu várias dicas. Sou extremamente organizada, adoro planilhas, então, ela me orientava, dava as dicas e os direcionamentos, e eu gostava muito de fazer essa parte.

Por eu ser médica e morar em Caruaru e precisava ficar indo e vindo à Recife à trabalho, então não tinha muito tempo de me reunir presencialmente com os fornecedores. E foi muito bom. E nesse tempo de pandemia me ajudou muito porque passei muito tempo em Caruaru, então, tudo o que podia facilitar pela internet, vídeo chamada, acabou me favorecendo muito. Como já tinha juntado uma quantia para começar a organizar o casamento, tentava sempre aproveitar as promoções da época da quarentena, principalmente em abril, quando os fornecedores precisavam. Então, fechei doces, bolo, o meu vestido, promoção de cadeiras...

A nossa prioridade era casar no dia 28 de novembro, pois, foi o dia que a nossa história começou há cinco anos, queria muito casar na praia, sempre quis, foi um dia de lua cheia. E sempre pensei positivo, que estaria tudo melhor no final de novembro, baseando nos outros países estaria tudo bem. De repente começou a história de segunda onda, ninguém sabia se viria realmente, se de fato era, então, fiquei muito preocupada se realmente seria possível manter a data. Ainda tinha a questão das eleições, e diziam: “se tiver segundo turno não fecham, mas, se não tiver, haverá lockdown novamente”, e isso deixava a gente bem apreensivo. Mas sou muito católica e da igreja, então, entreguei a Deus, que fosse feita a vontade Dele. Se fosse para ser naquele dia, daria tudo certo, mas, se não fosse para ser com aquelas pessoas, apenas comigo, com Victor e a nossa família, seria maravilhoso do mesmo jeito. Então, depois de um tempo, acalmei o meu coração, fiquei tranquila, afinal, são coisas que fogem do nosso controle, não adiantava mais ficar nervosa e preocupada, não havia o quê pudesse ser feito, então... acalmei o coração de deixei tudo como estava, e deu tudo certo. Não teve lockdown, foi à beira mar, com distanciamento; depois monitorei todos os convidados e graças a Deus deu tudo certo.

Foi incrível, e já estou morrendo de saudades daquele dia. Eu costumo dizer a Dani: “você foi braba o ano todo comigo, cobrando as definições, mas, no dia do casamento... que paz e tranquilidade ela me deu”. Incrível, incrível, incrível... até nos pequenos detalhes, coisas que parecem dar errado, ela já chega com a solução: “olha, aconteceu, já resolvi, só me ajuda com outra coisa”...

No dia o DJ não apareceu, ela teve que resolver (e resolveu) tudo, e apenas me pediu o áudio da valsa (que foi uma junção de algumas músicas). Mas poderia ter sido um desastre, poderia todos os convidados terem chegado e não ter ninguém porque quem eu tinha contratado para fazer a abertura e os intervalos da festa simplesmente não foi, chegou apenas no final. E Dani resolveu tudo, foi maravilhosa; ela passou total segurança para mim, Victor e para todos os nossos familiares. Se fosse fazer outro casamento, faria com ela novamente”.

Checklist:

· Acessórios: @fatimaroque_acessoriosdeluxo

· Água de coco: @recifecocos

· Banda cerimônia: @annecunha_canto

· Banda recepção: @oficialsamaracosta, @arrasooficial

· Barman, buffet e mesa de digestivos: @buffetfrancisgastronomia

· Bem casados: @wildebemcasados, @wildebemcasadosrecife

· Cabelo e maquiagem: @bruna_pabst

· Celebrante: Frei Cláudio

· Cerimônia, recepção e hotel: @sitioboaesperanca

· Chopp: @choppbrasil

· Convite: @sonhomeu